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A médica residente e autora Allison Bond reflete sobre o papel do Reiki e de outras terapêuticas no alívio do sofrimento dos pacientes terminais, com base na sua experiência pessoal.

Num artigo online da revista “Scientific American” intitulado “Por vezes está certo dar aos pacientes um tratamento sem benefícios médicos comprovados”, Allison Bond, médica residente de Medicina Interna no hospital Massachusetts General, em Boston, recorda o caso particular de uma paciente de quem cuidou.

“A senhora W. estava na casa dos 20 anos, mas a doença crónica tinha o seu corpo, dando-lhe a aparência de uma mulher trinta anos mais velha. Enquanto médica no primeiro ano de internato, cuidava dela na unidade de cuidados intensivos durante a sua quarta hospitalização em apenas alguns meses. Tinha uma doença de fígado potencialmente fatal e sinais de uma infeção grave, e quando foi inicialmente admitida chorava e tremia, contorcendo-se com dores e agarrando a mão da mãe”, recorda Allison.

Um dia, Allison viu uma praticante de Reiki, um dos serviços disponibilizados pelo hospital, tratar essa mesma paciente. Os resultados obtidos foram positivos: “Eu vi a senhora W. sofrer enormemente, suportando mais dor durante as semanas no hospital do que a maior parte das pessoas sente numa vida inteira. No entanto, disse-me que o Reiki a ajudava a preserverar, apesar do seu sofrimento; dizia que se sentia relaxada e revigorada depois das sessões de Reiki”.

Embora satisfeita com o facto de a paciente ter encontrado “algum consolo e alívio no Reiki”, Allison Bond deu por si a questionar-se quão eficazes serão realmente as terapias complementares como o Reiki ou a acupuntura, e se o que realmente surte efeito é a presença e o companheirismo do terapeuta.

Contudo, acaba por reconhecer que “quando se trata de cuidar de pacientes com doenças dolorosas e potencialmente fatais, o objetivo do tratamento deve ser minimizar o sofrimento, independentemente de onde esse alívio é originário.”

Alguns meses depois, Allison recebeu a notícia de que a paciente tinha falecido. “Eu recordei o tratamento que seguiu sob o nosso cuidado e esperei que, mesmo apesar da dor, nós tenhamos amenizado o seu sofrimento através das nossas terapias – ‘alternativas’ ou não”.

No entanto, Allison Bond faz uma ressalva importante: as terapias complementares não devem ser um substituto dos cuidados médicos, cientificamente comprovados. “Felizmente, nem o Reiki nem a acupuntura detiveram a senhora H. ou a senhora W. de se submeterem aos cuidados médicos vitais e não impediram os tratamentos comprovados de atuarem eficazmente. Esse é um forte contraste face a procurar apenas terapias não comprovadas à custa de tratamentos que prolongam a vida e melhoram a sua qualidade”, sublinha.

A “Scientific American” é uma publicação mensal norte-americana de divulgação científica, destinada ao público em geral, com mais de 170 anos de história. Fundada por Rufus Porter em 1845, a revista conta com a colaboração de mais de 150 prémios Nobel, entre os quais Albert Einstein.

O artigo integral, em inglês, está disponível para leitura na página da “Scientific American”.

Written by Reiki Studio

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