Kanji Japoneses: a origem dos símbolos de Reiki | Foto: Philip Costford/Creative Commons

Os símbolos são uma parte essencial do sistema de origem japonesa desenvolvido por Mikao Usui, na medida em que permitem focalizar a energia para atingir propósitos específicos.

Compostos por ideogramas e os respectivos sons energéticos, mantras ou jumons, os símbolos são considerados sagrados e devem ser memorizados pelos praticantes.

Durante algum tempo, estes elementos da prática do Reiki estiveram envoltos em algum secretismo. A sua origem ainda hoje não é totalmente conhecida.

Algumas fontes defenderam recentemente que os símbolos foram introduzidos mais tarde por Mikao Usui, e não inicialmente, como se pensava, para servirem de apoio aos alunos na focalização da energia.

Acredita-se que já existiam e que eram do conhecimento de Usui, que os terá incorporado no Reiki.

O Reiki trabalha com quatro símbolos, que se designam da seguinte forma quanto aos seus atributos ou funções: Símbolo do Poder, Símbolo Mental e Emocional, Símbolo da Distância e Símbolo da Realização.

O símbolo do poder, ou número um, faz ressonância com o corpo físico e actua como um “amplificador” da energia. Este é o único dos quatro símbolos que pode ser aplicado sozinho, sendo também utilizado para potenciar os restantes.

A sua forma não corresponde a nenhum ideograma, ou kanji, japonês. Algumas pessoas pensam que o som energético que lhe está associado poderá ser de raiz xintoísta, e que o seu desenho deriva do sânscrito.

O Mestre de Reiki James Deacon, por outro lado, coloca a possibilidade de se tratar de uma estilização do kanji japonês Choku.

O segundo símbolo, o Símbolo Mental e Emocional, apresenta ressonância com o corpo emocional. É utilizado, conforme o nome indica, para tratar problemas emocionais e mentais, aumentar a sensibilidade e promover a paz e a harmonia.

A sua forma gráfica será muito possivelmente uma estilização de um caracter sânscrito utilizado no budismo esotérico japonês.

O símbolo da distância e o símbolo da realização, por seu turno, são combinações de caracteres kanji japoneses conhecidos.

O terceiro símbolo, ensinado juntamente com os dois primeiros no segundo nível de ensino de Reiki, faz ressonância com o corpo mental e permite ultrapassar as barreiras de tempo e espaço aquando da canalização da energia. A sua representação gráfica é uma estilização de um conjunto de kanji.

O quarto símbolo é ensinado no terceiro e último nível, o Mestrado, e é o único símbolo que é simultaneamente kanji e símbolo, com o som energético a constituir a descrição do ideograma, ao contrário do que sucede com os símbolos anteriores.

O símbolo do Mestrado representa em si mesmo a essência do Reiki e permite iniciar outras pessoas no método, correspondendo ao corpo espiritual.

A maiorira dos Reikianos, tanto no Ocidente como no Japão, mantém o uso dos símbolos por toda a sua prática, mas alguns autores, como Frank Arjava Petter, vêm os símbolos como uma ferramenta inicial de importante utilidade, que poderá ser posteriormente colocada de parte uma vez que o praticante aprenda a focalizar por si próprio a energia.

Independentemente da origem exacta dos símbolos, a sua sacralidade e eficácia são consensuais na comunidade Rekiana, tanto no Ocidente como no Japão.

Written by Reiki Studio

1 Comment

Marilene Gomes

Adorei! Só ainda não consegui fazer as minhas pastas, mas ainda vou aprender! Abraço e sucesso!

Reply

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.