
O medo é um sentimento essencial para a sobrevivência, na medida em que identifica o perigo e ativa os mecanismos de defesa. No entanto, quando patológico ou excessivo face à situação que o provoca, condiciona negativamente e limita a qualidade de vida.
Esta é uma das emoções mais básicas, mas também mais estudadas. O medo coloca o organismo em alerta para uma ameaça, física ou emocional, preparando-o para lutar ou fugir.
Atualmente, não existem as mesmas ameaças à sobrevivência que existiam há séculos atrás. O desenvolvimento da ciência prolongou a longevidade humana, a tecnologia proporcionou melhores condições de vida e as sociedades democráticas asseguram a segurança e os direitos dos seus cidadãos.
Porque sentimos, então, um medo exagerado perante coisas que não colocam imediatamente em causa a nossa segurança?
Este fenómeno prende-se com o facto de o desconforto emocional face a situações do dia-a-dia ser traduzido pelo corpo como uma ameaça à sobrevivência, despoletando uma resposta de fuga ou luta.
Estes estímulos emocionais são subjetivos, ou seja, dependem da perceção de cada um, e podem prolongar-se no tempo, gerando ansiedade e sofrimento psicológico. Quanto maior o grau de perigo atribuído ao estímulo, mais intensa é a sensação.
Eis alguns exemplos:
- Medo da morte;
- Medo de voar;
- Medo de perder um ente querido;
- Medo do fracasso;
- Medo da escuridão;
- Medo do confronto;
- Medo do compromisso;
- Medo de envelhecer;
- Medo do passado;
- Medo de viver;
- Medo de hospitais.
Estes medos, quando excessivos, podem limitar a nossa experiência e evoluir para outras patologias, como fobias, stress negativo ou depressão.
O medo do fracasso, por exemplo, convida a pensar antes de agir, mas se for dominante impede-nos de avançar e de nos realizarmos. O medo de hospitais, por seu turno, pode colocar em causa a saúde, porque o medo se sobrepõe à vontade de ficar curado.
As causas destes receios de origem emocional são variadas, e, quando afetam o bem-estar ou as relações sociais, devem sempre ser avaliadas e acompanhadas por profissionais de saúde. O Reiki, enquanto terapia complementar, pode auxiliar nesse processo terapêutico.
O método desenvolvido por Mikao Usui equilibra e harmoniza o organismo como um todo, lembrando-nos da importância do aqui e do agora. Daí a importância da prática do segundo princípio do Reiki: “só por hoje, não me preocupo”.
O Reiki ajuda a libertar as emoções associadas à causa do medo (frustração, culpa, impotência, ausência de controlo, desilusão), promove um maior autoconhecimento e estabelece um equilíbrio e bem-estar interiores que permitem lidar melhor com os medos e, a pouco e pouco, superá-los.
Lembre-se de que por muito sofrimento que provoquem, os medos são apenas pensamentos e de que é possível mudá-los, mudando-se primeiro a si.
“O outro lado do medo é a liberdade” – Marilyn Ferguson
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