Alguns dos bloqueios emocionais mais comuns estão ligados ao ressentimento, à revolta, à autoculpabilização ou à culpabilização do outro (ou mesmo da vida e da transcendência) por algo de menos bom, ou mesmo traumático, que ocorreu no passado.
O que muitas vezes ignoramos é que, mesmo tendo sofrido sem aparentemente termos feito nada que o justificasse, guardar ressentimento castiga-nos mais a nós do que à pessoa que nos provoca “sede de justiça”.
O Reiki, enquanto terapia complementar e sistema de desenvolvimento pessoal, pode ser um auxiliar precioso no processo de libertação de ressentimentos.
Ao equilibrar a nível energético, o Reiki ajuda a libertar bloqueios emocionais e a despertar a consciência interior, contribuindo para uma maior abertura à tolerância e à aceitação.
Os cinco princípios de Reiki são também uma prática muito útil, na medida em que convidam a abrir mão do passado e do futuro para aproveitar plenamente o momento presente e, dessa forma, melhorar a saúde e construir a felicidade de forma sustentada.
Eis cinco boas razões para perdoar alguém hoje:
1. Faz bem à saúde
Ao cultivar um ressentimento, está a trazer raiva e amargura para o seu quotidiano. Com o tempo, a contínua evocação dos aspectos negativos desse acontecimento levará à dificuldade em desfrutar do presente.
Cultivar estas emoções pode conduzir a ansiedade e depressão, assim como à perda de valor no contacto com os outros e à sensação de falta de significado na vida.
Abrir mão dos ressentimentos proporciona relações mais saudáveis, um maior bem-estar, menos stress e hostilidade, o fortalecimento do sistema imunitário, um coração mais saudável e uma maior auto-estima.
2. Liberta-o e beneficia-o a si em primeiro lugar
Quando se fala em perdão, associamos geralmente a ter de “dar a outra face” apenas porque é moralmente correcto, a desculpar e a esquecer o facto de termos sido prejudicados.
Esta é uma visão redutora, que convida a uma perspectiva diferente do acto de perdoar: em vez de pensarmos nele como a “escapatória” do ofensor, porque não vê-lo como a libertação interior e a superação do ofendido?
Perdoar não é fácil, mas é um exercício interior que conduz a uma grande liberdade pessoal.
Não significa dizer que o que foi feito está bem, que se vai passar a confiar totalmente no ofensor ou que não se passou nada, mas sim que optou por se libertar do fardo de estar preso a uma mágoa do passado.
3. É um fenómeno íntimo e pessoal, que dispensa palavras
Perdoar consiste num processo interior e pessoal, que muitas vezes dispensa o envolvimento directo do ofensor, mas que beneficia todos.
Se realmente vivenciar essa libertação interior, os seus actos falarão mais alto do que as suas palavras.
4. Proporciona uma nova visão, mais elevada, da felicidade pessoal e das relações humanas
Perdoar alguém exige que nos distanciemos e que analisemos todos os ângulos da situação. Esse distanciamento permite-nos ter uma visão mais ampla, liberta do filtro redutor do ego e da mágoa, aceitar o que aconteceu e seguir em frente.
Nesse momento, podemos mesmo experienciar compaixão e compreender o acontecimento sob uma nova luz.
Este gesto representa ainda compreensão de que a felicidade começa em nós próprios e de que não devemos projectar expectativas nem essa responsabilidade no outros. Muitas vezes nós somos os “outros”, e também desapontamos alguém.
5. Liberta-o do medo e permite-lhe retirar aspectos positivos das experiências negativas
Além do desejo de justiça, há outro factor que leva ao apego a uma situação desagradável: o medo de que volte a ocorrer.
Ao perdoar, está a retirar-se do papel de vítima e a reassumir o controlo da sua vida, libertando-se da influência do opressor e do acontecimento.
As experiências desagradáveis são, acima de tudo, experiências, por isso ao abrir mão do ressentimento, vai poder retirar lições evolutivas para o futuro, mas sem o peso da mágoa, da raiva ou do medo.
Perdoar alguém ou a nós mesmos, sem expectativas, permite pousar uma carga pesada e começar de novo, abrindo o coração a todas as oportunidades que agora se apresentam diante de nós.